Sabe aquela empresa de tecnologia que virou sinônimo de buscar por informações? Pois é, essa gigante do mundo online passou a lançar vários produtos no varejo nos últimos anos. Desde seus smartphones conhecidos como Pixel Phones, seus laptops chamados Pixelbooks, os Fitbit wearables e até o Nest seu próprio dispositivo de voz para casa.
Depois dessa investida no mundo do hardware chegou a hora de abrir sua loja em New York, para ser mais exato no Chelsea, lar de mais de 11.000 funcionários do Google na cidade. A loja contará com uma experiência Google, desenhada para atender interessados nos produtos, resolver problemas de consumidores e "uma expressão física do que o Google representa", segundo Ivy Ross vice-presidente de Design de Hardware, UX e Pesquisa do Google que também atuou como diretora de criação da Google Store e falou a Fast Company.
A experiência da Loja do Google.
Com mais de 5.000 pés a loja tem um design diferente da tendência iniciada pela Apple Store, com seu estilo minimalista futurista. A Google Store monta uma experiência com janelas e piso de madeira, tendo uma estética mais natural, com móveis e cores além do branco. "Nossa tecnologia deve se encaixar em nossas vidas, não se destacar", afirma Ross.
Esse tipo de loja abre caminho para novas propostas de flagship, lojas conceituais de marca, pois a tendência Apple estava "commoditizando" a estética dessas lojas e tornava tudo uma grande cópia. O espaço do Google se inspira nos ambientes dos museus, traz mais interatividade, cria espaços que se assemelham com a casa das pessoas e realmente mostra como aqueles produtos podem ser integrados em suas vidas.
Nessa linha de museu a Loja em Chelsea faz aquilo que o Google costuma fazer, nos levar a ter uma experiência imersiva. Ela tem quatro espaços desenhados para isso. O primeiro é uma instalação com grandes telas que através do Google Translate, traduz o que você diz para 24 idiomas. As outras três salas, conhecidas como "caixas de areia", criam um espaço para os clientes brincarem e usarem os produtos ali na loja. Uma para os smartphones, outra para os jogos da empresa e a terceira para incluir o Nest em sua "sala de estar".
O que o Google Store nos deixa de inspiração?
Para encerrar vale entender dois grandes aspectos desse movimento. O primeiro diz respeito a criar uma experiência sensorial e tátil para produtos de uma marca basicamente digital. É interessante pensar que a relação que temos com o Google enquanto software é gigantesca e consolidada, todavia, isso não significa que isso se replicará para qualquer produto que a empresa crie. Abrir uma loja que amplia a percepção e experiência das pessoas abre um leque de possibilidades muito interessante para uma empresa.
E em segundo lugar, a inspiração para você se destacar pode estar em segmentos diferentes do seu. Por exemplo, a Google Store criando o ambiente imersivo semelhante a um museu. Quando ouvimos a expressão "olhar fora da caixa" raramente entendemos de fato o que isso significa. Portanto, fica aqui uma referência interessante, olhe para diferentes experiências e lugares (de preferência longe do seu setor). Isso pode criar um diferencial único para você.
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